O glifosato pode ser aplicado em diversas formas, nomeadamente na forma de sal. Existem 5 sais diferentes de glifosato: o sal de isopropilamina, o sal de amónio, o sal de diamónio, o sal de dimetilamónio e o sal de potássio. O sal mais utilizado é o sal de isopropilamina. [1]
As formulações comerciais de glifosato são contituídas por uma mistura de um sal de glifosato, um surfactante e outros componentes menores (como corantes, iões inorgânicos para ajustar o pH, agentes anti-formação de espuma, entre outros.), que variam na sua concentração e natureza. Por isso, a sua concentração nessas formulações varia entre 1-41%. [2]
Essas misturam alteram as propriedades e promovem um melhor desempenho dos herbicidas. [3]
Os mecanismos de toxicidade destas formulações são complicados e incertos, e as intoxicações humanas não se devem apenas ao glifosato, mas também a essas misturas com surfactantes e outros compostos. Por isso, é difícil distinguir se a toxicidade da formulação ocorre devido ao glifosato ou devido aos outros constituintes. [3]
Existem estudos experimentais que sugerem que um surfactante, a polioxietileneamina (POEA), possuí uma toxicidade superior à do glifosato isolado. No entanto, ainda não há evidências de que as formulações de glifosato com POEA são mais tóxicas do que aquelas com outros surfactantes. [3]
[1] Benbrook, C. M. (2016). Trends in glyphosate herbicide use in the United States and globally. Environmental Sciences Europe, 28(1), 3.
[2] Bradberry, S. M., Proudfoot, A. T., & Vale, J. A. (2004). Glyphosate poisoning. Toxicological reviews, 23(3), 159-167.
[3] Niedobová, J., Skalský, M., Ouředníčková, J., Michalko, R., & Bartošková, A. (2019). Synergistic effects of glyphosate formulation herbicide and tank-mixing adjuvants on Pardosa spiders. Environmental Pollution.