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Impacto Ambiental

 

 

 

O glifosato é decomposto em plantas e em solos por vários microrganismos, de modo a que os resíduos de glifosato e AMPA (primeiro produto de decomposição mais frequente), podem ser encontrados em produtos vegetais.[1]

 

Os herbicidas que contêm glifosato podem contaminar as áreas tratadas, bem como ao seu redor. Este composto fixa-se à argila e à matéria orgânica, retardando a sua degradação pelos microrganismos e levando à sua acumulação nos solos ao longo do tempo. O glifosato e o seu produto de degradação (AMPA) podem persistir em solos com alto teor de argila, o que é capaz de não acontecer em solos arenosos. A degradação do glifosato e AMPA também é fortemente dependente do pH do solo.[1]

 

O glifosato e o seu metabolito também podem ser encontrados em águas subterrâneas (na fase dissolvida) ou em águas superficiais (na fase particulada ou dissolvida) devido à chuva e à erosão que transportam as partículas do solo com o glifosato e o AMPA.[1]

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Fig. 1 - Ocorrência e concentrações de glifosato em amostras de águas superficiais ou subterrâneas em vários países da América do Norte, América do Sul e Europa.[1]

 

 

 

 

Os efeitos tóxicos agudos do glifosato e do AMPA em peixes e mamíferos são baixos. No entanto, há dados de efeitos tóxicos em alguns animais associados a doses crónicas ultrabaixas devido à acumulação destes compostos no ambiente. Pesquisas adicionais são necessárias para chegar a uma conclusão definitiva.[1]

 

Além dos possíveis efeitos crónicos diretos sobre a saúde, foi documentado mudanças nas comunidades microbianas no solo, plantas, água e tratos intestinais, bem como a associação com agentes patogénicos específicos de plantas e animais.  As mudanças nos microbiomas resultantes do uso intensivo de glifosato podem afetar os mecanismos de resistência e têm impactos severos sobre a saúde das plantas, animais e humanos.[1]

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A pesquisa sobre uma ligação entre o glifosato e a resistência a antibióticos ainda é escassa, mas supõe-se que a pressão de seleção pela resistência ao glifosato em bactérias poderia levar a mudanças na composição do microbioma e aumento na resistência a antibióticos para agentes antimicrobianos clinicamente importantes.[1]

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Resumo da avaliação de risco dos compostos (glifosato, AMPA e HMPA) , desencadeando a avaliação dos dados para os efeitos nos compartimentos ambientais [2]

Fig.2 - Presença de glifosato e AMPA nos solos

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Fig.3 - Presença de glifosato e AMPA nas águas subterrâneas

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Fig.4 - Presença de glifosato, AMPA e HMPA nas águas superficiais e sedimentos

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Fig.5 - Presença de glifosato no ar

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[1] Van Bruggen, A. H. C., He, M. M., Shin, K., Mai, V., Jeong, K. C., Finckh, M. R., & Morris Jr, J. G. (2018). Environmental and health effects of the herbicide glyphosate. Science of the Total Environment, 616, 255-268.

[2] European Food Safety Authority (EFSA). (2015). Conclusion on the peer review of the pesticide risk assessment of the active substance glyphosate. EFSA Journal, 13(11), 4302.

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